Instruções para o aperfeiçoamento da experiência do usuário

Here and Back Again

Paraíso tropical tem me dividido, tá complicado analisar e estou um pouco cansado de escrever sobre ela. Mas confesso, com o pouco tempo está difícil assistir outras coisas.

Há uma coisa surpreendentemente mal trablhada na novela que é trama das gêmeas trocadas. Acreditei que como a trama estava bem acelerada desde o início, e já fazem 4 meses de novela, não haveria o clássico mês recheio de pastel de feira, que a gente só sente o cheiro da trama. Mas há, e ele tem cansado.
Nada na história de Paula sem memória me convence e mesmo o texto soa bobo. A enfermeira fica falando pra Paula "você é a boa, a outra é a má! tá na cara, você é a boa" Ai é que complica a análise: a cena que acabei de citar é paralela à cena onde o Jader (cafetão, mal carater, batia na bebel, roubou algumas pessoas, alicia menores e etc.)estava muito sensibilizado pelo drama da família da Neli, e ainda mais tocado ao saber que é pai. A novela então defende personagens unilaterais e unidimensionais ao memso tempo trabalha os pesonagens complexos e tridimensionais? (...)

Bem,o alívio é que no meio de uma semana tão fraca a novela tem uma frase que espero eu, nunca venha a esquecer. Em uma atuação brilhante, Beth Goulart, que está cada vez mais detalhista, olha pras unhas bem feitas, numa auto-crítica que há pouco tempo seria estranha asua personagem e diz "era tudo que eu queria, a minha mediocridade de volta" levanta e sai da casa do cafetão.

Isso sim resume o conflito entre bem e mal: bem escrito e mal escrito.

8 Comments:

Unknown said...

É por causa dessas abordagens unilaterais feitas pelos autores aos seus personagens que as novelas têm me cansado ultimamente.
Quem de nós não é capaz de atos bondosos e desprendidos, mas também de inconfessáveis baixezas e egoísmos, dependendo, é claro, da ocasião e das pessoas envolvidas????
Assisti ao episódio narrado por você e acredito que a Neli, ao adimitir sentir falta da cômoda mediocridade diária, seja o personagem mais verossímel da trama: nem boa como as "santas" heroínas choronas, tão pouco má, como as execráveis "megeras", pelo contrário, revela-se simplesmente humana, como todos nós.
Vale lembrar aqui, o desabafo providencial protagonizado pelo Heitor quando externalizou sua frustrada vida profissional decorrente das responsabilidades familiares.
E, se a mediocriocridade é o que nos resta, então vamos nos ater a ela, desde que nos faça algum bem, mesmo passageiro e ilusório.

Pedro Canto said...

Alguem comentou um texto meu... de verdade, to emocionado, se identifique por favor!!!!!!!

Sim a cena dele desabafando as opções que fez na vida para garantir a segurança e estabilidade da sua família foi a melhor cena da novela, coisa sinsivel como a muito tempo eu noa via. e ainda mais por que eu assistia ao lado de um homem que poderia estar naquela memso lugar. e acredito que a maioria dos pais brasileiros fazem tal coisa e com a mesma dignidade.

Luca said...

uiaaaaaa...
nussa, nussa!
ô, meu culéga, tu tb eh entendido das cousas, neh?
pow! passa no meu tb, passa!
ahsuahsuahsuahsu

besos, Pedrin!!
[naum comentarei pq naum assisti a novela esses dias]

Anônimo said...

Pedro, a mediocridade, nesse caso, é sinônimo da frustração ou da falta de ambição?
Outro dia estive conversando com alguém e me questionando sobre meus planos futuros.
Sonhamos, ambicionamos coisas que, geralmente, são muito dificeis, ou estão um pouco fora das nossas possibilidades.
Vou exemplificar para melhor me fazer entender:
Sou uma pessoa extremamente inconstante e vivo criando novos projetos e novas coisas para fazer.
No âmbito profissional isso têm me causado uma certa confusão.
Já tenho um curso técnico muito bom, mas que não aproveitei. Faço duas faculdades e termino uma este ano. Porém, já vislumbro uma outra vontade: viajar!
E assim, vão surgindo novos projetos e novas "vontades".
Meu medo é não fazer tudo o que me der vontade e viver uma vida de "frustração", que para mim, é a mediocridade!
Medíocre é iludir a si mesmo, é conformar-se com o que conseguiu, ou eu sou mesmo muito mimado?
Analisem!

PS: todo esse texto foi porque eu tb não tenho assistido À novela nos últimos dias e não posso comentar... aí, deu nisso!
Gostei do blog! Já tá na hora de você começar a esboçar súa própria novela! cuida! manda para Globo!

Alberto Júnior (vitamina engordativa de Luana)

Anônimo said...

SIM, E ESSE ELI JAMES QUE NÃO SE IDENTIFICA!!!

Unknown said...

Quando me referi à mediocridade não fiz alusão direta à frustração ou falta de ambição, embora em certos casos estejam intimamente ligadas.
Retomando a situação vivida pela Neli, a personagem até pouco tempo vivia com o marido e as filhas um cotidiano considerado por ela medíocre - apartamento classe média, parcos rendimentos, gastos contidos sem luxos ou excessos, que resultavam numa série de desejos suprimidos para a dita cuja. E, quando ela afirmou sentir falta de tudo aquilo é porque de fato era feliz e não sabia, perdendo muito tempo se lamuriando pelo que não tinha, esquecendo de aproveitar o que havia conseguido: um marido apaixonado, decente e trabalhador, duas filhas bacanas, moradia adequada, conforto, amigos, etc.
Mediocridade pare ela era exatamenmte isso: um patamar intermediário entre a opulência e a pobreza, a excelência e a pequenês. Isso ela não suportava e era esse estado mediano que pretendi abordar na postagem anterior, sem um caráter pejorativo.
O que há de errado e vergonhoso em levar uma vida modesta, sem grandes acontecimentos ou experiências inusitadas? A vida não é um Reality Show, um longa-metragem hollywoodiano,tão pouco uma novela global ou uma fábula mirabolante. A realidade transcende tudo isso e nos possibilita vivenciá-la de variadas maneiras: umas glamorosas, outras nem tanto. Se boas ou ruins, cabe a seus protagonistas julgarem.
Parece conformismo, mas há uma grande distância a ser percorrida entre o que se quer fazer e o que se pode fazer em um dado momento, mesmo porque vivemos num mundo de concessões.
As decepções trazidas pelas vontades sublimadas ou irrealizadas não tornam, necessariamente, as pessoas frustradas, dependendo, é claro, de como lidamos com isso.

Anônimo said...

Interessante!
Eli você é psicólogo(a)?
Tem respostas fundamentadas em conceitos pautados na psicologia moderna...
Lembrei do que disse pra mim uma amiga freira...
Ela é jovem, muito bonita e super divertida. Na comunidade em que era engajada, atraía para si todos os jovens que se encantavam com sua simpatia e carisma. E assim como o encanto, vinha a dúvida: "mas porque uma pessoa assim tão bonita, tão talentosa, tão isso e aquilo resolveu ser freira?" Aí, ela respondia com a mesma simpatia e irreverância: "Ué, e vc´s acham que Deus só quer gente feia para o seu rebanho?".
Um dia perguntei a ela se ela não tinha outra opção e porque ela quis ser freira. Ela canta e toca muito bem. Aí ela respondeu: "na vida, não fazemos renúncias, mas sim, escolhas!"
E é isso mesmo!
As decepções poderão acontecer se as ESCOLHAS que fizermos não forem tão bem sucedidas quanto as OUTRAS OPÇÕES !
mas quem vai saber se AS OUTRAS OPÇÕES eram as corretas!
Sejamos felizes! aproveitemos a vida assim... acertando e errando!
Fiquei até com vontade de ouvir Elis cantando Guilherme Arantes: "Vivendo e aprendendo a Jogar!"
Cuida Pedro, liga o som!

Pedro Canto said...

vivendo e aprendendo a jogar, vivendo e aprendendo a jogar, nem sempre ganhando nem sempre perdendo, vivendo e aprendendo a jogar!