Instruções para o aperfeiçoamento da experiência do usuário

Nos próximos Capítulos...


Tenho assistido também essa série aqui... De uma inteligência divertidíssima.

Depois falo mais, mas vejam como é diferente

The Good Wife



Acho interessante que, narrativamente, se tire leite de pedra em algumas coisas. Drama de tribunal: Todo mundo sabe como vai terminar, os obstáculos sempre são parecidos e o embate maniqueísta sempre alterna entre a figura do promotor e a defesa, o réu acaba sendo figurante. Então porque assistir The Good Wife? Além de mesmo com toda a repetição eu ser fã de drama de tribunal, vale a pena ver esta série pela forma como ela trata o público.


Para Alicia Florrick (Juliana Margulies, a enfermeira Carol Hathaway com coração frio de ER) pouco interessa se você está acompanhando os detalhes judiciais do drama que conta a história dela, esposa do promotor Peter Florrick, preso pelo seu envolvimento em escândalos sexuais e que tenta reassumir controle da própria vida retornando à uma de suas paixões, os tribunais. A linguagem é direta e técnica. Subentende-se que quem se presta a ver tem no mínimo um interesse na temática da coisa. E agradeçamos a Deus pela segmentação da TV, é com base em apostar na inteligência de quem assiste que a cada episódio, centrado em um caso diferente, vamos entendendo aos poucos que 'justiça' para estes personagens, e para muita gente, é algo bem pessoal e egoísta.

Julianna Margulies, fora a definitiva mal feita, está fantástica, merecendo sua 7ª indicação ao Globo de Ouro (melhor atriz, óbvio) desde a primeira cena. Cris Noth veste muito bem a cara de safado e faz a gente esquecer qualquer charme do Mr. Big. Christine Baranski, uma das chefes de Alicia, joga fora toda a leveza de personagens como os coadjuvantes de Mamma Mia!, Big Bang Theory e Cybil e investe num personagem que promete ser marcante. Josh Charles, o chefe aparentemente muito bonzinho, funciona como possível galã.


E seguindo a melhor linha Damages, House e vários outros que fazem parte da linha de "novelização" das séries de procedimento americanas, The Good Wife prende com personagens absolutamente cativantes, inteligentes e com duas incógnitas desconcertantes: Os dois homens na vida de Alicia acusam um ao outro, o marido Peter com o qual mesmo depois das traições todas ela continua casada sem que entendamos o porque, e Will, seu chefe, que mesmo aparentando ser muito simpático e solícito dá pistas que é alguém de quem Alicia deve tomar muito cuidado.

Então é Natal...


E eis aqui meu presente pra mim: uma maior organização nas mídias sociais... Por isso, estou de volta!


E também por que depois de monografia, tudo que faço é assistir televisão, logo tenho assunto horrores. Como já não tenho mais cara de ficar enchendo os amigos em qualquer mesa de bar com os assuntos dignos daqui, tomei vergonha.

It's not sex, It's HBO

Hoje, finalmente, vi True Blood.


Querendo entender porque Anna Paquin ganhou aquele globo de ouro, eu tinha que ver.

Ainda é cedo para falar sobre a série, mas não sobre a HBO.

O que aconteceu com este canal? Há pouco menos de 5 anos eles realmente faziam valer o slogan "It's not TV, It's HBO!", mas agora isso pode significar qualquer coisa.

Não achei True Blood ruim, ainda. Mas se continuar o arrastado que está nestes primeiros episódios... Uma série de repetições daquelas cartilhas de vampiros que se você não aprendeu com John Carpenter, você aprendeu com Wes Craven, Francis Ford Coppolla ou qualquer outro.


O que me fez persistir em ver, e fará continuar, é o simples nome de Allan Ball no meio do projeto, enquanto criador. O homem escreveu Beleza Americana e esteve à frente da série À Sete Palmos do início ao fim. Então por quê a coisa mais legal de True Blood até agora foi o fato de Anna Paquin estar tão bem caracterizada que parece loira de verdade? (ao ponto de alguem na série pensar: "quero ver esse pentelhinho loiro dessa bucetinha gostosa... não quero ver mata negra hoje a noite" juro pra vocês!)

Protesto Atrasado

Sou fã de The 4400... e vocês dizem: "De quê?"


Isso mesmo, é culpa de vocês (não vocês mesmo, das pessoas que vêem TV no EUA) que não prestaram atenção no que é bom enquanto passava e agora que foi cancelado, e sem final, eu fico em crise de ansiedade!

"The 4400" é uma série de poucos episódios que conta a história de 4400 pessoas que desapareceram, ao longo dos anos, misteriosamente após verem uma luz branca. EM 2004 todas reapareceram às margens de um lago em Seattle, sem terem envelhecido um dia sequer desde seu desaparecimento. Alguns, inclusive, voltaram com algumas características peculiares: Uma garota de 9 anos que desapareceu em 1946 e pode ver o futuro. Um velho que desapareceu em 1974 e tem capacidades telecinéticas... O interessante mesmo é que, mesmo sem perceber, eles
voltaram para cumprir um proposito maior. Ah, e antes que se diga... "Ih lá vem ET no meio". Essa hipótese é deacartada no 3º episódio.


O chato é que a série foi cancelada no 4º ano, durante a pausa da greve de roteiristasas de 2007 e sem final! ODIOOOOOOO

Lindo é saber que os fãs de verdade encheram os estúdios de sementes de girassol (quem vê a série sabe o porquê) através de cartas e pedidos que a série voltasse. Triste é que nao funcionou!

Quer saber o mais triste? eu comecei a comprar sem saber que não ia ter final e já to sofrendo por antecipação. Como qualquer colecionador compulsivo, imaginar um elemento da minha coleção fadado ao fracasso é triste...

Mas a série é tão boa, tão bonita visualmente, tão empolgante, tão misterioso que dá tanta pena...

Castigo


Pai que presta não dá aquele castigo que humilha um filho, ele ensina fazendo o filho perceber onde errou! Sendo Brothers & Sisters um série (fantástica) sobre situações familiares, eu não esperaria algo diferente da equipe de roteiristas.

Há cerca de dois meses, li em algum lugar que Baltazar Getty, o ator que vive Tommy Walker no seriado, estaria causando problemas chegando atrasado para as gravações sem o texto decorado e sem ter dormido até... (vai saber até que ponto é verdade). Outro problema é que ele havia traído a esposa, que faz parte da equipe por trás das câmeras e é muito amiga de todo o elenco que, muito já se falou, vive em harmonia familiar de verdade.

Em outros exemplo, um comportamento como esse, seria caso de fazer o personagem sofrer um acidente de carro e ficar uns dias em coma (Desperate Housewives), dar um cancer em um episódio e morrer no outro (Grey's Anatomy) ou até cair no poço do elevador (Days of Our Lives)... Mas agindo como se espera de um bom pai, os autores de Brothers & Sisters decidiram castigar Balthazar Getty de maneira diferente: fazendo ele se tornar o centro das atenções e perceber que sem ele todos sofrem.


O personagem Tommy Walker vinha fazendo seu caminho para, neste fim de temporada, ser o centro da série, devido um desfalque ele deu na empresa muito parecido com o que seu pai fez antes de morrer e gerou todas as situações que até hoje se desenrolam nos 3 anos de série. Contudo o ator foi suspenso, pelas suas faltas e para não mudar o planejado (spoiler, não leia) os autores decidiram fazer Tommy fugir para se livrar da cadeia jogando, assim, uma verdadeira bomba na cabeça dos Wlakers que, quem vê a série sabe, vai rendeeeeeeerrrrr... E mais, será se ele volta?

E assim, mais uma vez, essa equipe estupenda de autores me conquista a cada episódio, me faz rir sem parar e , em seguida, chorar vergognhosamente!

Agora resta ver os três episódios que me faltam (a temporada, por lá, ja acabou), assim... bem a conta-gotas. Pra não gastar. Quando essa acabar e eu tiver que esperar até Setembro, vai dar um vazio tão grande!

Ah Janete...

Acabo de ler na Cobriula Reipert que
"Teve saia justa entre atrizes, ontem, no lançamento de "Vende-se um Véu de Noiva", no SBT. Thais Pacholek, a protagonista, ficará só na primeira fase da novela porque a prótese (máscara) que usaria para a mudança de sua personagem não ficou boa. Aí contrataram Dayene Mesquita para a segunda fase. As duas ficaram se alfinetando."
O quê?????

Não gente, esquece o assunto da nota e percebe o que realmente importa: "prótese (máscara) que usaria para a mudança de sua personagem não ficou boa." Hein? vai ter gente mudando de rosto???

Ai Janete, que medo por ti, minha filha...

Janete Clair com certeza não esperava que sua novela fosse vítima da mulher do Silvio Santos, oh gente!

O Mentalista (hein? quem?)


Como o próprio explica, Mentalista é uma pessoa muito observadora, que beira a vidência nas suas afirmações acertivas sobre uma pessoas apenas por prestar atenção aos detalhes. Parece interessante, não é?

... não é!

Acabo de ver o piloto dessa série no Warner Channel (segunda, 22hs) e fiquei interessado pela história. Tudo bem que Piloto de série nenhuma presta, quase nunca... Mas esse é sofrível. Patrick Jane é um "ex-vidente" de programa de auditório que após ter tido sua esposa e filha assassinadas decidiu abandonar o charlatanismo e ajudar o FBI em investigações usando o seu dom de ser um Mentalista, tudo para, quem sabe um dia, pegar o culpado, um tal de "Red John".

E daí seguem coisas óbvias atrás de coisas óbvias.

O ator que interpreta Patrick, Simon Baker (uma cara conhecida que não se destacou em canto algum), não dá uma dentro: é bonito mas tem uma cara de palerma que não nos faz ter pena nem da filha dele; Robin Tunney (outra cara desconhecida que nunca se destacou em canto algum) , parceira dele na série, mais uma vez dá aula de como ser uma linguiça num programa de TV, serve pra um monte de coisa mas nunca é o prato principal. Zeljko Ivanek está lá, ele é bom quase sempre mas ele lembra demais o John Malkovich e como Malkovich é mais facil de falar e escrever do Zeljko, o John tem mais destaque. É o mesmo caso de Cybill Shepherd e Jessica Lange

Mas o é mais interessante em "The Mentalist" é o conflito que ele causa no espectador: O roteiro conseguiu ser realmente óbvio desse jeito, ou eu também tenho o dom e sou um mentalista?

The Mentalist cai no erro de um de seus atores "menos ruins", parece demais com outros e tem pouca bagagem pra se destacar!

PQP, que ódio.

Ontem passei por uma situação que há muito não passava e que havia esquecido ser esse o motivo para eu não mais ver filme na televisão.


Estava vendo Terror em Silent Hill, terror gráfico que eu adoro, no People & Arts e adorando tudo, havia intervalos comerciais, mas numa quantidade normal... isso até chegar os últimos 15 minutos de filme. Sem brincadeira, nem exagero, esses 15 minutos viraram 40 com o acréscimo dos intervalos. A situação era tão irritante que as cenas eram cortadas no meio do diálogo, partes do filme com pouco mais de 1 minuto e intervalos de 3. Isso tudo num clima de desrespeito total com quem vê e com o climax do filme.

Num rompante de consumidor (sim porque eu pago tv à cabo),cheio de direito, mandei um email moderadamente desaforado para o canal e aguardo resposta!

Sou só eu que me sinto abusado quando uma coisa dessas acontece?

O mais irônico é que o próprio canal demonstrava conhecer o quão incomodo isso era, pois o comercial mais repetitivo (pratica irritante da TV a cabo) era sobre uma sessão de filmes que passa no canal aos sábados que se vangloria por não ter intervalos. Por mim ,que tenha, mas que respeito o mínimo de lógica nos cortes, afinal o comercial é intervalo do filme e não o contrário!

Chique era ver TV


Houve um tempo em que a televisão era algo mais chique, nos anos 60 quando as estrelas de verdade tinham programas. No Brasil era Elis, Chico, Caetano... Nos Estados Unidos era Judy Garland. E desde que vi o filme "A Vida com Judy Garland - eu e minhas sombras" sou curiosíssimo para assistir um desses programas.

Obviamente, no Amazon tem uma coletânea de DVD's (dessas que ainda nao posso comprar) com o melhor do "Judy Garland Show". Mas eis que vasculhando sobre o novo DVD da Barbra Streisand, dei de cara com algo ainda melhor... o episódio deste programa da Judy com uma convidada especial que estava se lançando: Barbra Streisand, aos 21 anos.


Vou baixar, depois digo como é. Enquanto isso vejam ao pelo Youtube, que quebra galho, mas nunca vai ser melhor que meu DVD.


ps.: depois de postar o video e ver novamente, me emocionei... Como elas conseguem cantar duas msicas como essas, que dá vontade de cantar junto, e não se atrapalhar?

Presente de Boas-Vindas

Anos que não posto por isso venho logo com um presente. A indicação de uma série que tem feito minha cabeça:

The Big Bang Theory.

A série, que foi quase cancelada pelo intervalo pós-greve que fez todas as séries americanas esfriarem ao ponto da coxinha do Sr. Coxola. Contudo, recuperado o fôlego, a série é uma das coisas mais engraçadas pra se ver ultimamente.

A sitcom acontece em torno de dois nerds que têm suas vidas abaladas com a chegada de um novo vizinho, no caso vizinha, gostosona, loira e atraente. Cabe a Kayle Cuoco, a (burra como uma porta) irmã mais velha de 8 Simple Rules For Dating My Teenage Daughter (ai que saudade), mostrar mais uma vez que além de linda tem um timing cômico de deixar Lisa Kudrow orgulhosa. Os protagonistas, Leonard e Sheldon também são dois achados.

Mas definitivamente, absolutamente, e qualquer outro elogio adverbialmente feito à série, a melhor coisa é o "tipo" do humor. São referências absurdamente nerds, atuais, espertas... É engraçadíssimo ver piadas tão bem feitas com e-bay, google, warcraft, youtube, webchat, efeito dopler, myspace, twitter e vários outros "tags" tão atuais e que mais uma vez mostram o potencial universal de uma comédia bem elaborada.

Segue aí um trecho, que pra mim já é clássico, e que me fez declarar fã da série.



Humildade

Aguinaldo Silva, a pessoa mais humilde da TV depois de sua amiga Susana Vieira, publicou em seu blog um ranking com as 15 novelas mais assistidas desde que o IBOPE começou a fazer acompanhamento diário (anos 80):

- Roque Santeiro – 67 pontos (Dias Gomes/Aguinaldo Silva)
- Tieta – 63 (Aguinaldo Silva)
- O Salvador da Pátria – 62 (Lauro Cesar Muniz)
- Renascer – 60 (Benedito Ruy Barbosa)
- Rainha da Sucata – 59 (Silvio de Abreu)
- Pedra sobre Pedra – 57 (Aguinaldo Silva)
- Fera Ferida – 56 (Aguinaldo Silva)
- Vale Tudo – 56 (Gilberto Braga)
- O Rei do Gado – 52 (Benedito Ruy Barbosa)
- De Corpo e Alma – 52 (Glória Perez)
- Senhora do Destino – 50 (Aguinaldo Silva)
- A Próxima Vítima – 50 (Silvio de Abreu)
- América – 49 (Glória Perez)
- A Indomada – 48 (Aguinaldo Silva)
- O Dono do Mundo – 47 (Gilberto Braga)

Tá meu bem...


ps.: O que mais me chamou atenção aí foi o terceiro lugar. Lauro César Muniz está ne Record e deve estrear uma novela lá por agora.

UPDATE#

Fiquei curioso e fui pesquisar algumas coisas.

Segundo outras várias fontes esses números não batem. Há por exemplo Mandala com 59pts, Belíssima com 49 pts, Meu Bem, Meu Mal 54pts... então eu não confio nem em um, nem no outro.

Mas que Aguinaldo SIlva é humilde, ele é!

Angels in America

Adaptações são sempre um tema complexo de se discutir, as opiniões sempre divergem, afinal é normal que uns se apeguem mais à uma linguagem do que à outras. Contudo, neste quesito há uma aula a ser assistida: Angels in America.

Já tinha ouvido falar dessa minissérie e tinha muita curiosidade de ver por conta dos nomes envolvidos neste projeto: Meryl Streep, Al Pacino, Emma Thompson e Mary-Louise Parker e vários outros dirigidos por Mike Nichols à partir da adaptação de uma peça. Os melhores trabalhos de Nichols, na minha opinião, são adaptados de peças (Closer e Quem tem medo de Virginia Woolf?).


O Enredo


Em 1985, na era Regan, os EUA estão mais consolidados do que nunca enquanto maior potência diante do enfraquecimento da União Soviética e é quase palpável o sentimento nacional de afirmação, mas que, nocivamente, vem junto com uma repressão muito grande fruto do conservadorismo republicano dominante. Neste contexto, o autor da peça, Tony Kushner, escolheu três esterioripos muito representativos para contar a história: Judeus, Negros e Homossexuais (Crença, Raça e Orientação Sexual), temperando a mistura (com perdão desta ironia infame), é colocado no caldo a AIDS, que nos anos 80 era O grande fantasma sobre a necessidade, e a possibilidade, de ser livre na América. Curiosidade é que dos escolhidos, o próprio Kushner representa dois, Judeu e Homossexual.



Atores

Mike Nichols tem fama de ser querido dos atores por conseguir extrair deles o melhor que sequer eles conheciam, agora imagine fazer isso com Meryl Streep...

Durante as 6 horas de minissérie é feita uma "brincadeira" onde alguns atores interpretam mais de um personagem, por exemplo Meryl chega a fazer um rabino, uma mãe mórmon, o fantasma de uma Judia condenada à morte e um anjo; Emma Thompson faz um mendigo, um anjo e uma enfermeira; e assim acontece com alguns outros. Isso pode ser lido de duas formas: Nichols brinca com o fato de ser uma adaptação teatral e reutiliza atores, coisa comum em teatro de baixo orçamento, ou, fazendo uma leitura mais profunda, podemos enchergar um propósito na repetição desses atores especificamente em dados papeis, como Emma ser a enfermeira de um paciente com AIDS e nos delírios deste também ser um anjo; Ou Justin Kirk interpretar o cara estranho que determinado personagem transa no meio Central Park após abandonar o namorado, interpretado pelo próprio Kirk.

Os seis personagens centrais e até as pequenas aparições são interpretados por GRANDES ATORES como James Cromwell em apenas duas cenas curtas e Michael Gambom como um fantasma/alucinação.



O Texto

Por se tratar de teatro, era de se esperar uma verborragia excessiva e muita eloquência nos diálogos. Mas ainda assim é surpreendente a qualidade do que foi escrito para esta minissérie.

Na verdade o roteiro não conta uma história muito grande, é simples resumir a vida de todos estes personagens, porém os diálogos são tão intensos e bem elaborados que ficamos grudados por 6 horas prestando atenção em algo que é tirado de dentro, de um lugar muito difícil de cutucar. Do lugar onde estes personagens escondem segredos que os envergonha e, pelo menos pra mim, é sempre muito complicado lidar com a vergonha alheia.

São tantos os momentos delicados que fica difícil escolher do que falar. Mas o que mais fica na minha cabeça é um texto de Mary-Louise Parker que nos surpreende com um otimismo quase infantil ao descrever uma "rede" de almas que entrelaçadas taparam o buraco da camada de ozônio e completa "Nada está perdido para sempre. Neste mundo, há uma espécie de progresso doloroso. Ansiando pelo que deixamos para trás e sonhando com o que está por vir."

Há também o texto que encerra a série, já nos anos 90, após a queda do muro de berlim. Depois de uma longa cena discutindo a situação do mundo naquele instante, um dos personagens levanta-se e se dirigindo à nós fala sobre a AIDS: "Essa doença vai levar muitos de nós, mas não todos. E os mortos serão celebrados, continuarão a lutar ao lado dos vivos e nós não iremos embora. Já não teremos mortes secretas. O mundo gira para frente e nós seremos cidadãos. A hora chegou e vocês são todos fabulosos..."

E, ainda por cima, pra que o melodrama não seja tão óbvio em palavras tão pesadas, o texto e os atores conferem ao material um bom humor quase pastelão, como quando o anjo passa um bom tempo sendo puxado pela perna e fala que distendeu um músculo da coxa...


Depois de imergir nestas muitas vidas doloridas por um bom tempo, vemos que eles mudaram, que seja qual for o motivo, houve um impacto, religioso, proveniente de uma doença ou do simples contato humano. O espanto dá lugar à um sentimento de conforto e otimismo. E se, mesmo depois disso tudo, você não conseguir parar pra pensar no seu papel nas mudanças do mundo ou até mesmo no seu papel em fazer o mundo um lugar com mais aceitação e compreensão... eu só posso lamentar. Eu sei o meu!


Shaken, not stirred


Acabei de ter uma ótima surpresa. Depois de zapear infinitamente na parabólica resolvi ver o que estava passando na MTV (sim agora pega na parabólica) e lá estava o Studio Coca-cola Zero (deve ser esse o nome) que misturava Vanessa da Mata e Charlie Brown Jr.

Um programa bem feito, bem dirigido e editado, uma direção musical inteligente na mistura dos elementos de cada um desses artistas. No caso desse, não sei se é do programa, foi direção musical do Miranda, aquele juiz do Astros do SBT (inacreditável né?).

Não conheço o Charlie Brown e nem gosto muito, mas adorei tudo que passou no programa, foi completamente possível começar a admiriá-los como músicos... e Vanessa dispensa comentários.

Valeu a pena zapear, aliás sempre vale... ai a televisão!

**Update: Polyanamorim acabou de me dizer que isso é de 2007... Tá vendo o que é a vida sem uma MTVzinha!

Memeando

Meme?
Quiéisso?

Não sei, mas me pediram pra fazer e eu gostei da idéia. Parece terapêutico e eu tenho muita demanda sim, e daí?!

Para fazer um meme segue-se regras e devo dispólas antes de fazer o meu, ai vai:

- Colocar o link de quem te indicou pro meme; (foi Dani)

- Escrever estas 5 regras antes do meme pra deixar a brincadeira mais clara;
- Contar os 6 fatos aleatórios sobre você (isso é memear!);
- Indicar 6 blogueiros pra continuar a brincadeira; (Rodolfo Cabral, Fernando Matos, Flávia Batista, Vinícius Ghise, Rafael Lobato, Eduardo Oliveira
- Avisar para esses blogueiros que eles foram indicados.


1º Eu gasto quase todo o meu dinheiro investindo numa coleção de DVD's de filmes e séries da qual tenho muito orgulho e chego a ser presunçoso por ela.

2º Para mim, nada no mundo é mais importante do que amizade, nem família, já que uma família cujos membros não são amigos não existe. Sou amigo da minha!!!

3º Eu me emociono com tudo, desde a novela até um filme do Lars Von Trier.

4º Em se tratando de música eu não tenho vergonha de ouvir qualquer coisa que eu goste, ou que me emocione, ou que me anime, ou que me faça dançar sem saber, ou que faça pensar, ou que apenas seja bom de dizer que conhece.

5º Romântico? até que sim, mas não acredito que haja alguém no mundo que vá suprir minhas carências da maneira que se espera no conceito "alma gêmea". Prefiro pensar que um dia eu aprendo a conviver com essa condição, essa carência. (pesquei essa outro dia).

6º Meu humor é sarcástico e seco, porém acredito que elogios devem ser feitos à pessoas que merecem e nunca deixo de notar, ou de falar sobre, qualidades nas pessoas que amo.


Já acabou doutor? Quando marcamos a próxima?

Momento Fotográfico

Duas fotos:



Essa eu achei uma das coisas mais fofinhas da semana:














Não é fofa a Glória toda abertinha... Oh gnt!


Já essa me fez rir demais.

Patrícia Kogut diz:
Conheça Bernardo, filho de Mel Lisboa e Felipe Rozeno





















Espero que ele não fique magoado se eu não o reconhecer na rua...

A Sete Facadas

Falava com um amigo outro dia sobre algumas aquisições para a coleção. A Sete Palmos (Six Feet Under) foi uma das recentes. Ele perguntou: "Vai ser a nova queridinha no Vide-o-verso?" Sei lá... mas olha o que acabei de "ouvir" da boca de alguem nessa série:

Um personagem qualquer lia o trecho de um livro que falava sobre o maldito conceito de alma gêmea e explicava que tal percepção é muito louca. Você imaginar que em alguma parte do planeta tem alguem cujo papel é suprir as suas necessidades e esconder a sua carência... Na verdade é uma visão infantil e prejudicial que apenas nos tira do foco e faz acreditar que nossas falhas serão aceitas e compreendidas por uma outra pessoa, o que apenas dificulta que nós mesmos façamos isso.

Todo mundo conhece essa série. Já passou até no SBT! E é uma das séries mais atraentes pra mim, pelo conteúdo diferenciado. E afirmações cruas assim são bem comuns e me fazem ficar meio acovardado depois de ver.

Não é genial fazer quem assite se sentir assim?


Ps: Fiquei horas entre escrever e escolher a foto... o trabalho de arte no material de divulgação dessa série é simplesmente perfeito. Visualmente impecável e criativo no que compete a ironia pura e simples!

Jack!


Estou revendo (em DVD) as primeiras temporadas de 24 horas.

E pensar que a série tem mais de 8 anos... Não envelheceu!

Mas recentemente lí uma enquete na Patrícia Kogut que perguntava qual série que já estava na hora de acabar. Ganhou Smallville, mas 24 ficou em 2º lugar e eu não pude discordar.

Apesar de amar Jack Bauer e me considerar um filho dele a série ameaça entrar em um caminho muito perigoso com a última revelação que li. Tony Almeida não morreu, era tudo uma armação! Isso é trair o maior trunfo da série. O que nos deixa o tempo todo na beira do sofá é o fato de a qualquer momento o personagem que a gente mais gosta pode ser assassinado, seja pela banda podre da temporada ou pelo próprio Jack (coitado do chefe de operações da UCT da 6ª temporada).

Mas dito isso... eu ainda não vi 24: Redenção, o filme de 2 hrs feito especialmente pra introduzir a 7ª temporada. Então não posso encher a boca demais porque sinto que vou mudar de idéia e querer vir aqui retirar o que disse.

Quando concordo com o fim da série é para que seja mantido o alto nível de qualidade inclusive da última temporada que surpreendeu até o maior dos maiores fãs (acho que sou eu)! Mas deixa ver como fica...

Eu aodrei o elenco novo:

Tédio!


A verdade é que a última semana da novela (A Favorita, claro) tá um saco.

O ocorrido no teatro foi embaraçoso, reconhecido inslusive pelo autor, vide texto pós evento!

Norton virar a casaca não faz nem sentido a essa altura.

Tapar buracos com a sogra do Didu e Alicinha... eu tava dando graças a Deus que elas sumiram!

Por fim a regressão da adúltera pagando a dívida com a morte... é muito atraso!


Juro que no meio do capítulo de sexta eu zapiei e achei uma matéria super interessante sobre adoção de crianças por casais de iguais na TV Senado.

A estréia de Maysa, mas...


Ontem foi registrado o maior indíce de audiência de uma minissérie da globo em anos. Algo por volta de 30 pontos. Isso não aconteceu com nenhuma outra pelo menos nesta década. E nesta década também, quando houve uma queda relativa na qualidade das minisséries e na audiência o que fez a globo reduzí-las e modificar toda a estratégia em torno delas, Maysa merece se destacar.

Mas...

Essa particula adversativa passou pela minha cabeça durante todo o capítulo de estréia. A fotografia estava maravilhosa (porque dessa vez Jayme trabalhou com quem melhor sabe: Affonso Beato, diretor de fotografia premiadíssimo e queridinho de Almodóvar), o cenários deslumbrantes, a produção era simplesmente impecável, a edição era (graças a deus) fora do comum em termos de TV, o roteiro é muito bom pelo visto... mas os diálogos são tão forçados.

O texto e os atores parecem que não encontraram uma linha comum e o diretor deixou passar batido o fato de uma (auto)biografia soar iverossímel. Manoel Carlos (autor) divulgou que muito do que Maysa fala foi tirado dos seus diários. E parece mesmo, o que não é mérito algum, uma vez que, não sei vocês, mas eu odeio quem fala de maneira literal, não parece verdade.

A semelhança dos atores escolhidos é assombrosa, mas isso passa nos primeiros minutos, depois a gente tenta mergulhar na história e ontem, pelo menos, não deu. Muito menos deu pra engolir Ângela Dip fazendo mãe de Maysa... E uma coisa me incomodou profundamente, Larissa Maciel parece ser boa atriz mas precisa ser tão redundante com o "olhar de farol"? Se Maysa passava o tempo todo olhando as pessoas daquele jeito deveria ser muito estranho.

Mas pela qualidade do material bruto vale a pena ver. Quem sabe isso vai entrando no eixo, essa falta de sintonia de atores-texto-telespectador.

Mas (mais uma vez) a cena de Maysa jogando o sapato na plateia e em seguida afirmando "É a primeira vez que canto numa churrascaria (...) eles dizem que vou morrer de fome" já é memorável e mostra que Manoel Carlos é sim grande autor, Monjardim sabe sim ser sensível e Maysa é muito pano pra manga.

ps.: Eu tenho fé que vai melhorar, mas minha ídala acha que tá perfeito. E eu até concordo com o que ela disse, mas me faltou algo. Ao meu coração ainda não falou!