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Fim de Ano me cansa !

Passou antes de ontem um especial de fim de ano da Luanna Piovani(!) (melhor, !!!!!!!). Tinha como nao escrever sobre? Pra que m não assistiu terei o prazer de contar, pra quem viu ha de concordar comigo que há muito tempo a dramaturgia brasileira não produzia algo tão inútil, mal estruturado, mal encenado e preguiçoso.

A Primeira história era Lourdes, enfermeira que se recusava a passar o reveillon com os amigos do trabalho por razões que ela sempre dava um jeito de não explicar (esse tinha como par romantico Marcelo Anthonny e escape cômico as ótimas Thalma de Freitas e Cissa Guimarães). A segunda era Lu alguma coisa que nao me lembro que era noiva do Giannechinni e sonhava que ele a pedisse em casamento, se você acha que teve algum esforço pra isso ta enganado, asism que acabou as linhas do texto que explicavam a situação eles nao tinham o que escrever e o pedido foi feito. Por fim a que poderia ser interessante, Lourdinha, rica, meia idade, mãe, mulher de homem rico(Paulo Betti) ignorada que ensaiava maneiras de mudar sua postura na vida e ter mais controle sobre ela.

Especial de fim de ano por si só já é uma coisa que a televisão deveria abolir. Todos os programas que aparecem com essa desculpa são horrorsos, salvas rarissimas excessões, na verdade não me recordo de nenhuma... Aí teve Lu: 3 histórias contadas a partir do ponto de vista de uma narradora que ao mesmo tempo que interpreta 3 personagens, interfere nas histórias. Simples, proposta interessante, nas mãos de uma boa atriz quem sabe os três personagens fossem 3 pessoas diferentes e mais um narrador. Mas quem (pelo amor do santo cristo) disse que a Luana Piovani é boa atriz e tem gabarito pra um especial de fim de ano? O que seria um especial de fim de ano alias? Pensemos... Algo feito pra marcar o fim do ano, com presenças fortes, ja que vai acontecer uma vez naquele ano, tem que ser bem feito, certo? Mas esse foi preguiçoso e curto ( sim, eu aguentava um pouquinho mais de sofrimento so pra nao ter a impressão de que eles mesmo perceberam a merda e pararam a exibição).

Cansei de falar disso... cansei do fim do ano que esses especiais fazem parecer infinito, hoje tem o sobre a Elis, ams como ele não é exatamente de fim de ano tenho esperanças, sérias esperanças alias, enfim é ELIS! nada tem mais apelo dramático do que ela. e que venham logo Amazônia, 24 horas, Lost e 2007

Studio 60 -- My Office

Um promo bacana da Menina dos Olhos. se eu ficar chato sobre esse programa vocês me avisam!?

e Por favor

nao deixem de ler o post "Me perdoe Senhor pois eu pequei..." so por que ele é grande, seria muuito importante pra mim ter a opinião de vocês a respeito dele.

Mas será que....

Acabei de ver mais um episódio muito inteligente de Studio 60 on The Sunset strip que me trouxe mais uma indagação saliente. Dois personagens brigavam em um avião por que um é executivo da rede que briga pra que cada vez mais entrem na programação caça-níqueis como os reality shows citados no último post e o outro é diretor e produtor executivo de um programa de comédia com conteúdo inteligente e argumentativo. O Executivo-tubarão da rede acusa o diretor-inteligente de ser elitista por acreditar que a população está no mesmo nível de conhecimento das pessoas que se julgam "injetadores" de cultura massiva.

Vale a pena pensar nisso... Até que ponto produtos referenciais de cultura brasileira e rebuscamento (hoje é dia de maria, Cidade dos Homens e tralalala) são justos com uma população heterogênea (mas nem tanto), pesando pra o lado mal alfabetizado brasileiro e podem querer fazer as pessoas que assistem muita televisão adquirir costume por cultura e competir com programas de fácil acesso e pouco esforço por parte do telespectador quase sempre despreparado (vide: Novela das seis com fantasma, Luciana Gimenez, A Tarde é sua e tralalala)?

Eu penso de cá e depois digo o que eu achei!

Me perdoe Senhor, pois eu pequei...


Eu tinha pensado em abandonar Studio 60 on The Sunset Strip, e justamente antes de assistir o episodio desta série que é necessário ser assistido por qualquer pessoa que faça televisão ou que apenas passe mais de uma hora em frente a ela. Eu vou tentar contar um pouco do por que da minha excitação com esse episódio em particular contando um pouco do que há nele e o que há sobre ele.

Inicialmente nos somos lembrados que a nova presidente da empresa, cuja reputação na mídia está por um fio depois que seu ex-marido que "espocou o babado" que eles ja frequentaram casas de suingue juntos, acabou de recusar um reallytie show sobre os podres de casais prestes a se casar em troca de, se resistirem à crise de ter seus podres revelados em cadeia nacional para os parceiros, levam uma mansão + 1 milhão de dolares. Se vendo como vítima deste tipo de imprensa Jordan (a presidente da empresa) recusa uma ideia milionária dessa com a justificativa de que isso seria tranformar a televisão no veículo sujo que ela tenta nao trabalhar.

Só esta simples cena ja mostra o potencial que Studio 60 tem de argumentação e com seu muito bem colocado lugar de fala consegue nos fazer relfetir sobre esses pontos e sobre essas pessoas que ainda tentam fazer da televisão um veículo de entretenimento com o mínimo de caráter. Quando digo isso peço que vocês pensem em Silvio Santos, inescrupuloso, duvidoso e sem nenhum respeito sequer pela rotina do telespectador por não conseguir fixar horário nem para Chaves. Vejam o vídeo que postei anteriormente e analisem os males que isso causa.

Studio 60 tem um elenco de figuras absurdamente bem estruturadas. tenho mais 3 casos pra contar e peço que vocês tenham paciencia: a verborragia é inspiração direta de Aaron Sorkin, criador da série que tem isso como sua marca(ele também criou The west Wing).

Bom, o caso de Tommy é lindamente bem ejaculado no episódio, ele é o coadjuvante sem muito destaque que agrada toda vez que aparece, até vestido de lagosta. Nesse episódio ele vai receber seus pais caipiras para mostrar o túdio de gravação e contar um pouco da história do trabalho dele. Durante a tour dos pais as situações constragendoras de desentendimento de linguagem são obvias e interessantissimas, o ápice fica quano o pai explica seu desconforto de estar ali quando joga na cara do filho, um ator de comédia muito rico, segundo ele capaz de comprar a casa do próprio pai so pra fazer um quarto de pong-pong, que o irmão mais novo de Tommy mais novo esta no afeganistão e eles estão sem notícias. Um paralelo que deixa tanto os personagens como os telespectadores sem reação. é muito complicado analisar as situação depois disso, ainda sendo clara a postura do programa quanto a essa guerra.

Outro caso é o único integrante negro do programa ser extremamente ofendido pelo fato de nao haver um roteirista negro na equipe de mais de 15 escritores. Para rever ter isso ele leva Matt, o produtor executico , à um Show de Stand-ip commedy, aqueles onde as pessoas ficam sentadas em bares e o comediante faz piadas horriveis sobre a plateia ou não. Ele o leva nesse show com a promessa de tirar um comediante negro de lá e por no programa. Eis que a promessa não se concretiza por que as piadas racistas sao simplesmente contrangedoras e por um momento nos faz pensar quem segrega quem em termos de racismo americano, e que possivel visão deturpada os negros tem de si mesmo nos EUA.

Por último um caso tocante de um velho perdido nos bastidores que busca roubar uma foto, depois de otiumas cenas e cheias de referencias um pouco sem sentido pra nos Brasileiros, tudo culmina ao descobrirmo que a foto é interessante para o velho por que eles está nela, e é uma foto da equipe de redatores do programa antes da segunda guerra mundial, uma equipe de redatores especiais da qual ele fazia parte e tinham forte cunho político em seus textos o que garantiu a demissão e posterior perseguição de todos da equipe. É interessante os paralelos formados a partir da história triste do velho com a história de Matt na série que justo dos outros personagens que brigam por fazer um programa de horário nobre, aos sábados, de comédia, inteligente, bem interpretado, com boa direção e um roteiro engajado politicamente sem ser massante ou soar falso.

Enquanto isso no lustre do castelo nos assistimos Zorra Total...

Studio 60 tem pouco destaque e muito conteúdo, merecia ser asssistido e acima de tudo DEVERIA ser asssistido, ao tratar desses assuntos, com certeza seu escritor e criador Aaron Sorkin se deu conta da importância de seu produto e tenta dessa forma fazer um arte-imita-a-vida-imitando-a-arte justo e que respeite a inteligencia, a carga de conhecimento, o ponto de vista político, as visões sobre conteúdo de entretenimento e o bom senso de cada telespectador que não deveria ser menosprezado por Silvios Santos.

ps.: quem quiser Studio 60 fale comigo, eu juro que os interessados nao se arrependerão.

A seguir o programa... Boa noite

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Eu num digo é nada, vejam e daqui a pouco a gente conversa...