Instruções para o aperfeiçoamento da experiência do usuário

Me perdoe Senhor, pois eu pequei...


Eu tinha pensado em abandonar Studio 60 on The Sunset Strip, e justamente antes de assistir o episodio desta série que é necessário ser assistido por qualquer pessoa que faça televisão ou que apenas passe mais de uma hora em frente a ela. Eu vou tentar contar um pouco do por que da minha excitação com esse episódio em particular contando um pouco do que há nele e o que há sobre ele.

Inicialmente nos somos lembrados que a nova presidente da empresa, cuja reputação na mídia está por um fio depois que seu ex-marido que "espocou o babado" que eles ja frequentaram casas de suingue juntos, acabou de recusar um reallytie show sobre os podres de casais prestes a se casar em troca de, se resistirem à crise de ter seus podres revelados em cadeia nacional para os parceiros, levam uma mansão + 1 milhão de dolares. Se vendo como vítima deste tipo de imprensa Jordan (a presidente da empresa) recusa uma ideia milionária dessa com a justificativa de que isso seria tranformar a televisão no veículo sujo que ela tenta nao trabalhar.

Só esta simples cena ja mostra o potencial que Studio 60 tem de argumentação e com seu muito bem colocado lugar de fala consegue nos fazer relfetir sobre esses pontos e sobre essas pessoas que ainda tentam fazer da televisão um veículo de entretenimento com o mínimo de caráter. Quando digo isso peço que vocês pensem em Silvio Santos, inescrupuloso, duvidoso e sem nenhum respeito sequer pela rotina do telespectador por não conseguir fixar horário nem para Chaves. Vejam o vídeo que postei anteriormente e analisem os males que isso causa.

Studio 60 tem um elenco de figuras absurdamente bem estruturadas. tenho mais 3 casos pra contar e peço que vocês tenham paciencia: a verborragia é inspiração direta de Aaron Sorkin, criador da série que tem isso como sua marca(ele também criou The west Wing).

Bom, o caso de Tommy é lindamente bem ejaculado no episódio, ele é o coadjuvante sem muito destaque que agrada toda vez que aparece, até vestido de lagosta. Nesse episódio ele vai receber seus pais caipiras para mostrar o túdio de gravação e contar um pouco da história do trabalho dele. Durante a tour dos pais as situações constragendoras de desentendimento de linguagem são obvias e interessantissimas, o ápice fica quano o pai explica seu desconforto de estar ali quando joga na cara do filho, um ator de comédia muito rico, segundo ele capaz de comprar a casa do próprio pai so pra fazer um quarto de pong-pong, que o irmão mais novo de Tommy mais novo esta no afeganistão e eles estão sem notícias. Um paralelo que deixa tanto os personagens como os telespectadores sem reação. é muito complicado analisar as situação depois disso, ainda sendo clara a postura do programa quanto a essa guerra.

Outro caso é o único integrante negro do programa ser extremamente ofendido pelo fato de nao haver um roteirista negro na equipe de mais de 15 escritores. Para rever ter isso ele leva Matt, o produtor executico , à um Show de Stand-ip commedy, aqueles onde as pessoas ficam sentadas em bares e o comediante faz piadas horriveis sobre a plateia ou não. Ele o leva nesse show com a promessa de tirar um comediante negro de lá e por no programa. Eis que a promessa não se concretiza por que as piadas racistas sao simplesmente contrangedoras e por um momento nos faz pensar quem segrega quem em termos de racismo americano, e que possivel visão deturpada os negros tem de si mesmo nos EUA.

Por último um caso tocante de um velho perdido nos bastidores que busca roubar uma foto, depois de otiumas cenas e cheias de referencias um pouco sem sentido pra nos Brasileiros, tudo culmina ao descobrirmo que a foto é interessante para o velho por que eles está nela, e é uma foto da equipe de redatores do programa antes da segunda guerra mundial, uma equipe de redatores especiais da qual ele fazia parte e tinham forte cunho político em seus textos o que garantiu a demissão e posterior perseguição de todos da equipe. É interessante os paralelos formados a partir da história triste do velho com a história de Matt na série que justo dos outros personagens que brigam por fazer um programa de horário nobre, aos sábados, de comédia, inteligente, bem interpretado, com boa direção e um roteiro engajado politicamente sem ser massante ou soar falso.

Enquanto isso no lustre do castelo nos assistimos Zorra Total...

Studio 60 tem pouco destaque e muito conteúdo, merecia ser asssistido e acima de tudo DEVERIA ser asssistido, ao tratar desses assuntos, com certeza seu escritor e criador Aaron Sorkin se deu conta da importância de seu produto e tenta dessa forma fazer um arte-imita-a-vida-imitando-a-arte justo e que respeite a inteligencia, a carga de conhecimento, o ponto de vista político, as visões sobre conteúdo de entretenimento e o bom senso de cada telespectador que não deveria ser menosprezado por Silvios Santos.

ps.: quem quiser Studio 60 fale comigo, eu juro que os interessados nao se arrependerão.

1 Comment:

Anônimo said...

Cara! Eu até te disse que comecei a baixar a série, mas num sei porque eu parei. Vou novamente baixar, parece tão essencial, principalmente pra gente que estuda a coisa. E vai ser bom ver novamente Matthew Perry!!!!