Tiradas Paraíso tropical:
na casa de Marion, Bebel vê urbano atendendo o telefone em inglês e solta: deve ser bem alguma vagaba querendo alguma coisa uma hora dessa..."
Marion: "Bebel são 3 da tarde em Los Angeles, pode ser negócio sim... você nunca ouviu falar de fuso horário?"
Algumas falas depois, Marion fala que o colar que Urbano emprestou pra bebel deve ser muito bem guardado por que vale 100 mil dolares. Bebel:" caraca! isso é quase 200 mil reais!!!"
Marion: "ué de fuso horário voccê nao entede mas de cambio né?"
Bebel: "ah meu amor, na minha vida é coisa que a agente aprende rapidinho é câmbio monetário."
purum-pissshh
Purum-pisssshhh
Postado por Pedro Canto às 9:29 PM 6 comentários
Experiência que Conta
Geralmente eu vou ao banheiro, ou preparar meu jantar na hora do núcleo cômico da novela entrar em cena. É de uma mesmice incrível e na verdade não se sabe muito bem fazer humor nessas coisas. Tudo é mais constrangedor quando é a parte do marketing social: Sindrome de Down, Homossexualismo, Cancer... seja o que for, me constrange e não tem o texto bem escrito, seja o autor que for. Parece difícil soar natural.
Mas, me contrariando, neste sábado Paraíso Tropical teve uma cena divertida e com o peso social muito bem imbutido, de forma que nem se notava a importancia daquela cena. Rogéria esta participando da novela como uma amiga de Virgínia (Yoná Magalhães) para se vingar de Iracema (Daisy Lucidi). Declaradamente preconceituosa, Iracema destrata qualquer travesti e considera uma verdadeira escória em copacabana qualquer um que passar perto da sua porta. Chega ao ponto de, na delegacia, dizer pro delegado que quem deveria estar preso era a criatura que estava cometendo atentado ao pudor. o delegado sem enteder perguntou que tipo, "ela estava lá! como é que pode querer entrar num prédio de família como se fosse gente? ".
Tudo isso soaria muito chato não fosse o talento de Rogéria, Daisy Lucidi e Yoná Magalhães, numa das raras chances de um transformista, que não seja no finado show de calouros ou no Super Pop, participar de qualquer coisa que seja na televisão. Sem falar na chance de ter um elenco de pessoas experientes e velhas fazendo velhas. Sem Regina Duarte virando cabeça com vestidinho florido na porta de casa numa franja horrosa fazendo doce pra José Mayer. Eram três velhas brigando por preconceito.
Rogéria, merece aplausos pela ótima forma cínica que escolheu pra tratar o assunto. O cinismo no tom que ela deu a Karol é nada mais nada menos do que o costume de quem tem que lidar com esse tipo de situação desde quando ainda era Astolfo.
Falando em velha: Renée de Vielmond tá de volta mais fofa do que nunca.
ps. A contradição bem e mal continua, bem escrito e mal escrito: essa cena com um fundinho de marketing social, foi no mesmo capítulo que outros 4 merchandising. Tinta Coral, Itaú, Renner e mais algum que foi mal feito, logo não grudou na minha cabeça. Pensando bem, vai ver a estratégia é essa: fazer o "merchan" numa cena tão tosca, que de tanta vergonha a gente não consegue esquecer!
Postado por Pedro Canto às 10:54 PM 5 comentários
pa-pá (som de carimbo)
Acabei de achar no Hiper Bompreço (deus abenoe os megastores)o Almanaque da TV, da série de livros "Almanaque" que tem dos anos 70, 80, jovem guarda e até Almanaque do Fusca.
São fatos mais do que curiosos sobre a TV e um trabalho muito bom de pesquisa em cima de acontecimentos importantes no jornalismo, novelas inesquecíveis, melhores vilões, grandes bordões e vai até coisas do tipo o caso do homem com penis de 3 cm que o João Kleber mostrou.
Escrito em um tom divertido por Bianca Braune e Rixa, ambos roteiristas do Video Show, o livro é uma ótima fonte não acadêmica pra quem adoro televisão. EU!
Das duas uma, ou terei muito o que escrever por aqui por conta do que estou "colhendo" no livro, ou tiro férias das escritas, ja que não consigo largar o livro.
Postado por Pedro Canto às 8:16 PM 4 comentários
Te Quero América
Uma das melhores surpresas do ano , até agora, acabou do me acontecer no que se refere a televisão. Estreou no mês de junho no fantástico um quadro chamado “Te Quero América”, não me recordo de ter ouvido falar antes. É um quadro mensal.
Denise Fraga interpreta Maria, corretora de seguros, divorciada e muito dedicada ao trabalho. Fruto de sua dedicação Maria é eleita a funcionária do trimestre e ganha uma viagem para Ushuaia, que segundo o próprio chefe é o fim do mundo. Já em Ushuaia, Maria conhece acidentalmente um homem que se oferece para acompanhá-la em um passeio de barco que ela fará em algumas horas. Depois desse passeio de barco, onde ele explicou ser um andarilho e que pretende passar por vários pontos da America Latina, ele a leva a uma lancha para passarem a noite juntos. Ela é acordada pelo verdadeiro dono do barco que a expulsa e vai embora levando o casaco do homem (não recordo o nome) e todo o seu dinheiro. A partir daí quando percebe que está com o dinheiro Maria vai tentar encontrar o homem que a encantou em qualquer lugar da America Latina, sendo que ele acredita ter sido assaltado por ela.
Com este ponto de partida, por si só bem interessante, “Te Quero América” mistura essa ficção com documentário. A mistura é feita, por exemplo, quando Maria entra no barco,o cenário é o Canal de Beagle (foto) e um narrador começa a explicar que lugar é aquele, talvez uma das paisagens mais gélidas e lindas da America Latina, onde Charles Darwin dedicou boa parte de sua pesquisa e escreveu dois capítulos de “A origem das Espécies”, livro que veio a mudar o mundo.
Outro exemplo de como a narrativa é acrescentada pela informação, é quando a atenção é desviada momentaneamente dos protagonistas para explicar quem é o dono do barco que expulsou Maria, e com depoimento do próprio barqueiro contar como porque e desde quando ele está ali. Personagens ficcionais são jogados, vivendo uma história tocante, no meio de ambientes reais com personagens reais.
O texto é uma sensação a parte, bem escrito e atuado lindamente pelo casal central (Denise Fraga e João Miguel) são falas curtas que tratam exatamente da timidez daquele casal inusitado e cativante. E a beleza está em coisas como no momento em que estão em completo silêncio e Maria tenta se descrever quebrando o silêncio com a fala: “eu sou vendedora de seguros e tenho um gato”, volta-se o silencio. Um pouco mais a frente, já no barco ele fala pra Maria: “eu tenho uma mochila, e tudo que eu tenho na vida cabe nela.”. Com poucas frases, muitos olhares e gestos que falam mais do que qualquer depoimento acrescentado, os personagens se apaixonam.
Trilha sonora oportuna, fotografia excelente, edição hábil, locações belíssimas e... não tenho tanto adjetivo positivo pra ficar descrevendo os vários aspectos que me levaram a ficar embasbacado ao assistir te quero América.
Coisas novas na televisão brasileiras ainda existem, a gente só não sabe muito bem onde procurar. Denise fraga é cabeça de vários desses projetos originais que surgem no fantástico e são de um frescor invejável, mas infelizmente pouco vistos. Como alguém que se propõe a estudar as possibilidades narrativas que surgirão com a TV digital, vejo agora em “Te Quero América” uma alternativa para a narrativa dentro da interface digital e de interação imersiva do receptor.
Numa inteligente mescla de documentário com ficção, personagens ficcionais interagem muito bem com os reais, e a partir desses reais, criam-se ângulos de apreciação da paisagem proposta. Pra mim é o maior trunfo da TV brasileira neste ano rumo a mudanças definitivas na linguagem da teledramaturgia. Com essa relação estabelecida, a máxima da narrativa, que seria identificação entre expectador e personagens, é feita imediatamente. E somada as interpretações (reais, sensíveis e precisas) todos, ficcionais ou reais, são personagens cativantes.
ps.: querendo falar muito, me perdi um pouco neste texto, tenho muito ainda o que falar sobre Te Quero América. Há o roteiro bem trabalhado, as atuações, em específico a de Denise Fraga que ainda terá um texto próprio aqui, a direção, e as informações que são distribuídas ao longo dos 15 minutos de duração e estas não são qualquer coisa, além de completar a narrativa, são as mais oportunas possíveis.
Te Quero América: domingo, no fantástico, sem hora definida. Mensalmente
Site com os episódios:http://fantastico.globo.com/Jornalismo/Fantastico/0,,9257,00.html
Postado por Pedro Canto às 12:19 AM 5 comentários
Pra constar
Mais uma cena bem dirigida e atuada do Nucleo Fernanda Machado, Daniel dantas e Beth Goulart.
Joana finalmente descobre que não é filha de Heitor (finalmente como se essa bomba tivesse explodido há muito tempo né?). A cena foi interessante principalmente pela revelação de Fernanda machado. Revelação por que agora sim a considero revelada(ainda não tinha tido o prazer de ve-la atuando dessa forma, nem em Começar de Novo, muito menos em Almas Gemeas que eu não assisti).
E ainda, Beth Goulart, com uma competência absurda faz a gente acreditar que uma mulher capaz de mentir a identidade do pai da própria filha por mais de 25 anos, de enganar o marido vendo a forma como ele se dedicou pela família, ainda assim é mais do que compreensível perceber que Neli fez isso como ela mesma afirmou: "eu fiz isso pra proteger você (joana), você não podia ser filha dele. Você tinha que ser criada pelo heitor que era um homem amoroso e honesto".
Ponto interessante de notar é quando a gente se coloca no lugar da joana ao concordar quando ela fala que a mãe acabou com a única coisa que ainda restava de bom na vida dela, o fato de ter um pai como o Heitor. Na cena seguinte, Heitor joga na cara de Joana, e de quem quiser que tenha se colocado no lugar dela, a que engano ela tava se referindo? o engano de quando ele e Neli não sabiam que remédio dar pra ela ainda bebê sem saber que era apenas dor de ouvido? Não precisou de muita coisa pra provar a máxima mais antiga... Pai é quem cria. Fiquei emotivo né? essas de coisas de pai mexem comigo :)
Postado por Pedro Canto às 2:20 AM 4 comentários
Simple Life
Peço licença pra postar aqui sobre um filme, não ví na TV mas tem relação com o que tenho falado aqui nos últimos dias.
O fato é que venho falando muito sobre persongaens humanos, pessoas simples, e tenho desviado minha atenção para esses personagens reais em qualquer coisa que tenho assistido. Creio que é por que estou me tornando uma pessoa mais simples e fácil mesmo que ainda exigente.
Neli (Paraiso Tropical) é uma mulher que lutou contra a mediocridade, até ver que seus esforços a levaram pra solidão e agora ela sente falta daquilo que tinha antes, a simples felicidade. Heitor (paraiso Tropical) optou por ser medíocre acreditando que isso iria dar estabilidade a sua família, acima de ser comum que era sua verdadeira alma. Agora deixou de ser mediocre e se assumiu como um feliz comum, simples. Remy o ratinho que divide o posto de protagonista em Ratatouille é um artista grandioso, mas na verdade é um rato, tem problemas que as pessoas o encherguem como tal e de aceitar a família que ainda são apenas "ratos". Linguini, o outro protagonista, se conforma em ser o limpador da cozinha onde uma vez trabalhou o maior chefe de cozinha do mundo, sem saber que é filho de tal homem magnífico.
A pixar studios, se especializou em filmes com personagens comuns: Os Incriveis, Carros e agora Ratatouille. há algo de fantastico nos personagens que não suas atitudes. Os incriveis trata de uma família de super heróis cujo maior desafio é enfretar o dia a dia, como toda família no mundo. Carros, são carros falantes (!) que ensinam um campeão de corridas a apreciar uma cidade do interior. Rataouille é sobre um rato que quer sair da sujeira onde vive, renega sua família e um rapaz comum muito tímido que não sabe do seu potencial, esses personagens se cruzam e a grandiosidade de um rato é absorvida por um garoto que ensina ao rato que ser simples é essencial.
Os personagens são sensíveis e o filme original. Rataouille me conquistou no exato ponto que ele decide tratar, e este sim é um filme que possui as virtudes que defende. A história não têm reviravoltas, a animação é tocante, bem feita, e foca o ponto exato do que quer dizer: há muito de especial em ser simples.
Há dois pontos que precisam ser citados, a trilha que em se tratando de Disney não é espanto nenhum ser algo bem elaborado; e o que me espantou, a direção de arte. Neste caso o filme se mostra mais do que inteligente ao descrever seus personagens através dos cenários que vivem. Como a casa da velha, onde se inicia a história, cheia de detalhes que "falam" sobre como ela pode ser perigosa apesar de estar dormindo. E outro exemplo é o cenário mais bem elaborado que vi nos últimos filmes: a casa do crítico gastronomico rabugento chamado oportunamente de Antom Ego. Percebam ao assistir como a sala dele tem forma de caixão, a maquina de escrever é uma cabeça, e na forma como a escrivaninha dele representa um altar auto-indulgente.
Na sua fórmula mágica de contar uma história tão simples é que Ratatouille vira objeto do próprio discurso. um filme fácil e original, que conta a história de "pessoas" comuns e outras extraordinárias que são felizes ao perceber que há muita beleza na simplicidade das coisas.
Postado por Pedro Canto às 11:48 PM 4 comentários
Here and Back Again
Paraíso tropical tem me dividido, tá complicado analisar e estou um pouco cansado de escrever sobre ela. Mas confesso, com o pouco tempo está difícil assistir outras coisas.
Há uma coisa surpreendentemente mal trablhada na novela que é trama das gêmeas trocadas. Acreditei que como a trama estava bem acelerada desde o início, e já fazem 4 meses de novela, não haveria o clássico mês recheio de pastel de feira, que a gente só sente o cheiro da trama. Mas há, e ele tem cansado.
Nada na história de Paula sem memória me convence e mesmo o texto soa bobo. A enfermeira fica falando pra Paula "você é a boa, a outra é a má! tá na cara, você é a boa" Ai é que complica a análise: a cena que acabei de citar é paralela à cena onde o Jader (cafetão, mal carater, batia na bebel, roubou algumas pessoas, alicia menores e etc.)estava muito sensibilizado pelo drama da família da Neli, e ainda mais tocado ao saber que é pai. A novela então defende personagens unilaterais e unidimensionais ao memso tempo trabalha os pesonagens complexos e tridimensionais? (...)
Bem,o alívio é que no meio de uma semana tão fraca a novela tem uma frase que espero eu, nunca venha a esquecer. Em uma atuação brilhante, Beth Goulart, que está cada vez mais detalhista, olha pras unhas bem feitas, numa auto-crítica que há pouco tempo seria estranha asua personagem e diz "era tudo que eu queria, a minha mediocridade de volta" levanta e sai da casa do cafetão.
Isso sim resume o conflito entre bem e mal: bem escrito e mal escrito.
Postado por Pedro Canto às 9:39 PM 8 comentários
ei... ei... por que todo chato cutuca quando quer ser ouvido?
Piadas têm data de validade e o Pânico pouco sabe disso. Eu conversava com um amigo ontem e não estava no meu melhor humor. Ele me mandou usar as sandálias da humildade, perguntei se essa piada ainda surtia algum efeito e se o Pânico ainda fazia essa brincadeira. Ele disse que sim e era hilário. Isso me fez pensar o quanto o programa de tv do pessoal do Pânico é chato. Ele entra em todas as descrições da pessoa chata
Cutuca quando quer ser ouvido: Vesgo e Silvio (nem sei se ainda é o Silvio, o personagem do Ceará, por que até onde lembro ele tinha um prazo estipulado pelo prórpio pra usar o nome) sempre enfiando o microfone na cara de quem não quer falar, como se gente famosa não fosse gente antes de ser famosoa e não tivesse direito a ser mal humorada ou dar dedo. Acredito na educação em primeiro lugar e em distribuir sorriso de cortesia, que evita milhões de situações constrangedoras, mas tem uma hora que a gente quer mandar quem pisa no nosso pé se fuder. Então, se eu fosse o Vitor Fasano, dependendo do estado de espírito e do humor, eu não viraria a mão na cara do vesgo por que também nem sei ser violento, mas minha impaciência seria proporcional.
Faz aspas com a mão: vejo o Emílio fazer isso o tempo todo e é sinal de gente chata.
Conta sempre a mesma piada: nem preciso frizar quantas pessoas ja usaram as sandálias da humildade sem ter nem necessidade, foi engraçado com o Jô, foi hilário com a Luana Piovanni, com a Luiza Tomé foi divertido, mas daí,já deu!
Entretando sempre vai ser uma opção engraçada no domingo ver a sabrina de lingerie em cima de um avestruz, ou a Sabrina de lingerie voando com balões de gás, Sabrina de lingerie em um carro simulando vários acidentes, Sabrina de Lingerie com dois cadaveres dentro do carro... oh não espera, tá repetitivo...
Piadas deveriam ter vidas, assim como o Sonic, cinco vidas, se for muito bom, a cada centena de risadas se ganha uma vida a mais. Mas como é lógico, as risadas vão diminuindo, uma hora termina; ai vem o continue, e só se for muito bom e conseguir as esmeraldas se vai adiante, mas é adiante e não no mesmo estágio.
ps.: Tenho medo se um dia um Piauiense for na plateia do Pânico na TV cantar "essa canção não é repetitiva, essa canção não é repetitiva, eu ja falei, vou repetir,essa canção não é repetitiva, essa canção não é repetitiva..."
Postado por Pedro Canto às 5:12 PM 5 comentários
Foi só eu falar...
Ai eu disse que o bom de Paraiso Tropical era quando ela se mostrava uma novela de gente comum, Heitor, Neli, Gustavo, Dinorá, Lúcia... Pois é, mas ainda asism é novela das oito e tem que ter a pretensão de se superproduzir.
A trama mirabolante de gêmea assumindo lugar nunca me agradou, mas eu apostei e aposto na criatividade da dupla que escreve a novela e seus parceiros, mas em especial esse capítulo de hoje, 12/07, com Clorofórmio, Telefonema pra enganar a mocinha, e mergulhador oportuno foi um pouco demais.
A Paula tinha sido inteligente boa parte da novela menos quando a história quis ser mirabolante, lá no início quando ela resolveu deixar o Daniel por causa do telefonema através de uma fita editada pelo Jader e pelo Olavo a partir de uma briga gravado na gerência do hotel entre ele e a cafetina (! um pouco demais!); agora ela se vê numa casa de barco com a irmã assassina e tira tempo pra covnersar sozinha,enfim... a mocinha é burra sob pressão, já deu pra enteder... mas ela precisava se jogar de um carro em movimento??? e o sangue na cabeça me deu um medo: se ela perder a memória ai a vaca foi pro brejo!
Chovia muito, a cena teve trilha e fotografia muito bonitas, alias a trilha, pasmem, era original, a globo largou o CD do Bernard Herrman (o cara que fazia as trilhas do Hitchcock, me diz que vocês nunca notaram que toda novela era ela?) que ela usava pra qualquer trilha de assassinato, tava tão gasta quanto a do requiem do Mozzart pra toda cena de infarto... Atuações boas, mas o cenógrafo esqueceu de avisar ao diretor de fotografia que chovia antes, que aconteceu com as nuvens? não sei, nunca fui em Parati, aqui em São Luís tem mania de ficar claro como o dente da Camila Pitanga e depois de chover a ponto de alagar, minutos depois tá limpo, mas em Parati será assim ao ponto de ser tão claro como foi quando a Thaís-agora-Paula foi achada? ficou estranho. detalhe: Thaís é bichinha burra viu... jogar o corpo da irmã perto do barco do fred... nao tinha gasolina pra ir um pouco mais longe?
Ei, um capítulo estranho agora depois de 4 meses de novela não vai apagar os trunfos né? paciência... Ainda tem um assassinato misterioso, Lúcia gravida, Anthenor surtando de ciúme do Cassio, Heitor tomando conta da própria vida, Joana descobrindo que é filha do Cafetão mór de Copacabana, Guilhermina Guinle com cara de vilã, Mais improvisações de Wagner Moura e uma volta ao Hall das vilãs para Bebel (to torcendo aqui por essa última que vocês não tem noção).
Postado por Pedro Canto às 10:31 PM 6 comentários
Esqueci...
... de dizer que existe um filme produzido depois da série que conta os últimos dias de laura Palmer. O nome do filme é "Os Últimos Dias de Laura Palmer"... é facim facim de achar em dvd mas só assista depois de ver a série, ele revela todos os mistérios, mesmo se você nao souber nem do que ele está falando!
Postado por Pedro Canto às 6:42 PM 1 comentários
Vive lá revolución... (assim que escreve?)
A TV americana foi revolucionada em 1990 com uma séria chamada Twin Peaks. Não dá pra dizer que a história é simples, pois não é não posso muito menos contar aqui mais ou menos o enredo, por que obviamente se a série é boa definir ela em poucas palavras e ainda contar o enredo seria complicado. Mas posso dizer que tudo começa com um corpo enrolado em saco plástico boiando em um rio muito gelado na cidade de Twin Peaks, norte dos estados unidos, quase fronteira com o Canadá. A vítima era Laura Palmer, rainha do baile de formatura, namorava o capitão do time de futebol, mas fora essa parte que todos conheciam ela era figurinha carimbada do Jack Caolho, bar onde só freqüentava a escória de Twin Peaks e onde ela já havia sido comida por todos do bar e algumas vezes ao mesmo tempo.
Nada mais emblemático do que uma série que revolucionou a tv americana começar matando justamente a figura mais icónica do EUA, Laura Palmer "interpretada" (aspas por que na série ela aparece morta, mas no filme ela esta viva, chego no longa mais a frente...)por Sheryl Lee ( com certeza vocês não conhecem por que não prestaram atenção, ela ja fez de tudo). Em Twin Peaks os diálogos eram mais do que afiados por que não só se referiam a história mas podiam facilmente ser encaixados em qualquer conversa que tentasse destruir o american way of life.
Criação de um cara que até antes de assistir eu odiava, David Lynch, essa série mudou a maneira como as pessoas assistiam televisão por que agora elas se viam lá, mas não da maneira ostensiva que era costume em séries como Barrados no Baile e Melrose Place, as principais atrações daquela época, mais ou menos.
Kyle MacLahalan interpretava o detetive Dale Cooper que ficava maravilhado com as menores coisas que ele achava tão fantástico em Twin Peaks, por exemplo a melhor torta de cerejas que ele já comeu, o melhor café que ele já tomou, o melhor hotel rústico que ele já dormiu e tudo isso ele confessava a um gravador que ele chamava de Diane. Eu li como sendo toda a arrogância americana de seu próprio arsenal de maravilhas sendo confessados para ninguém, ou para uma maquina tão automática quanto o próprio comportamento deles, pelo menos naquela época em relação a televisão. A família de Laura Palmer era o que há de mais bizarro, desde que soube da morte da filha o pai de Laura não parava de chorar e ignorava o fato da mãe ter tido visões da morte da filha, antes mesmo dela morrer, e mais a frente, onde não me cabe tocar no assunto, se descobre mais mistérios (!) na família. O psiquiatra de Laura conversa com um coco. A melhor amiga, que na verdade era inimiga, tem que dar em cima de todos os homens por que o pai não presta atenção em qualquer coisa que ela diga ou faça. O amante de Laura é o principal traficante da escola.
A série ainda contava com uma estruturação de símbolos que ajudavam a contar a história. Dale Cooper tem certo sonho, que como ele costuma interpretar, é premonitório. Este sonho é estranho e com anão que fala ao contrário, com o próprio Dale mais velho, Laura que não é Laura, mas é uma prima e uma sala com cortinas vermelhas e um piso bicolor. Quem assiste o sonho obviamente não compreende, mas ao decorrer da série tudo que estava nele era um símbolo que ajudaria Dale a desvendar o assassinato de Laura.
Por não acreditar que a audiência se irritaria com sua retratação real e muito menos achar que eles seriam burros de não entender um código tão complexo como o sonho, David Lynch revolucionou a televisão, a narrativa das séries americanas. E tudo isso confiando no publico.
Alguém se habilita fazer isso pela televisão brasileira??? não??? ninguém??? pensei...
PS.: quem quiser ver pode pegar em DVD, aqui em São Luís tem lá no Armazém da Imagem por apenas 6 reais e você fica por uma semana com ele em casa! VIVA!
Postado por Pedro Canto às 5:45 PM 5 comentários
Trivial em Copacabana
Glória Pires era Julia Assumpção, mulher muito rica, vítima de vários traumas, todos endossados pela avó Bia Falcão (!!!), e por isso era taxada como sem graça, mesmo envolvida em todo o glamour de seu status. Eu particularmente não acho Gloria Pires uma mulher gostosa, deslumbrante, na verdade no hall de atrizes com cara de gente ela é que mais tem cara de mãe do nosso melhor amigo na 5ª série. E esse pra mim sempre foi seu trunfo.
Mesmo assim eu estranhava muito por que Gilberto Braga colocaria A Gloria Pires pra fazer um papel que entra com 2 meses de novela começada, com participações uma vez por semana e com uma das historias menos movimentadas. Obviamente ele e o Ricardo Linhares são bem mais espertos do que eu...
A Lúcia dela é mais comum que qualquer outro personagem que ela já interpretou e pra isso ela tem mostrado mais talento do que nunca. Mas percebam o quanto a situação dela é bem armada: Ela com 21 anos engravidou e decidiu ter um filho de um homem mulherengo que não queria ser pai. aos 39 anos conhece um homem mulherengo que, por interferência dela mudou e agora quer ser pai de um filho dela. Assim como uma mulher normal, e que viveu a sombra de seu filho e na tentativa desesperada de superar seu romance falido na juventude (minha tia! ou todos elas?...), ela aceita a proposta e inevitavelmente defende o homem que ela pensa amar ou convenientemente diz que ama ao homem que uma vez a machucou.
Quando disse que eles eram mais espertos que eu, você mesmo confere na cena que foi ao ar nessa sexta (hoje, 6/7), onde Lúcia desesperada atrás do filho, agora alcoólatra aos 18, não perdendo a oportunidade de tripudiar a dor de cotovelo de Cássio, diz que Antenor vai se casar com ela e quer ser PAI de um filho seu. Nesta cena que ela vai de mãe-desesperada à chocada-com-a-reação-do-ex à largada-que-tripudia, Gloria Pires estufou o peito e mostrou a que veio, com direito a dedinho na cara que eu TANTO gosto.
Paraíso Tropical está de fato uma novela boa, como há muito tempo não via (6 meses que foi o intervalo de Belíssima pra Paraíso). Mas o que é mais interessante de notar nessa novela é como os personagens comuns são os que são interpretados pelo melhor ator da novela e as 2 melhores atrizes, pelo menos em minha opinião nada humilde: Lucia (Gloria Pires), Dinorá (Isabela Garcia) e Heitor (Daniel Dantas). Arrisco até um palpite de dar esse crédito ao Ricardo Linhares, fico dividido sem saber se isso é material dele ou do Gilberto Braga, mas aposto no Ricardo por que sempre identifiquei os personagens do Gilberto menos "normais" (Maria Clara Diniz, barão Sobral, Ester de la Mari, Dona Idalina, Odete Roitman, Heleninha Roitman, Maria de Fátima, ou seja, pessoas capazes de vender casas com a mãe dentro, prender a Sonia Braga num quarto transformado em cela e coisas do tipo.)
PS.: Sobre Heitor e Dinorá me aguardem, alias Heitor (Daniel Dantas) foi A razão para eu voltar com este blog em uma cena específica que comentarei em breve.
Postado por Pedro Canto às 10:18 PM 5 comentários
Como eu ia dizendo...
Em Paraíso Tropical, na semana passada, bebel estava em um jantar e com indicações de virgínia, teve que sair à francesa... como não sou escrito por Gilberto Braga e Ricardo Linhares e nem tenho tanta catiguria, eu sai à francesa sim, mas volto mesmo à brasileira: como se nada tivesse acontecido! vejam só...
Postado por Pedro Canto às 10:15 PM 0 comentários