Ssssshhhhh...

Essa semana em Beleza Pura um mistério da novela foi revelado com maestria. Parece que todo mundo aprendeu alguma coisa com Silvio de Abreu.

Desde que comecei a ler sobre esta novela, alguns meses antes da estreia, eu sabia que havia algo que levava os personagens à Amazônia que não apenas o programa de estética. Esse detalhe foi resolvido com tanta simplicidade e segurança por Andrea Maltarolli nesta terça-feira que foi gratificante, como muitas outras coisas nessa novela. Aliás, dentro do "gênero novela das sete" ela traz uma novidade familiar (contraditório nada). Tem o humor e o romance água com açucar que não dá certo desde as primeiras semanas e que todo mundo sabe como vai acabar, tem o mocinho se envolvendo com a vilã, mocinho que é desacreditado por todos, o núcleo cômico grita, tem o golpista, tem a gostosinha namorada do golpista, tem o rico enganado... N clichês. Mas o que tanto me atrai na novela? Ja viram como os diálogos são bons? Não né? Pois é.

É um costume feio do brasileiro ligar a TV e deixar a novela passar sem assistir... Isso acontece muito comigo: chegar um amigo , enquanto estou vendo novela, e começar a conversar... Minha mãe faz isso, meu pai, minha irmã... oras, eu tenho que ouvir!!!

O diferencial de Beleza Pura é este: na cena onde Gustavo Leão e Guilherme Fontes revelavam a trama por trás da trama pouca gente deve ter escutado. O que é uma pena, já que justamente ela acrescenta o maior diferencial de "Beleza", uma "novidade velha", a narrativa não linear. Quem não viu perdeu. Beleza Pura contou uma história fantástica sem ter contado, eu também não vou contar! É um protesto bloguístico contra as pessoas que conversam durante a novela.