Cada dia que passa me descubro menos sociável. Em partes culpo a Globo video. não sei se por isso ou para isso, mas ultimamente tenho assistido muitas minisséries em DVD. Já tinha comprado Dona Flor e Seus Dois Maridos, Vi Engraçadinha (perfeito), Aluguei Hilda Furacão e comprei Memorial de Maria Moura.
Acontece que é um prazer imenso ver , ou rever, essas coisas que passaram na TV há muito tempo, eu não via sempre por que era muito novo para dar o devido valor. Mas "venho por meio desta" falar especificamente do dia em que quase fiz as pazes com Gloria Perez.
É fato conhecido de todos que eu não suporto o trabalho dela! América, Amazônia, O Clone!!!!! algumas das coisas mais chatas (e longas) dos últimos tempos na TV, pode ser questão de estilo mas eu não gosto do que ela faz! em relação a TV, não gosto de não gostar das pessoas... eu adoro tv seria bom pra mim se eu gostasse de tudo, então isso ja desqualifica meu comentário na categoria de richa gratuita. GLoria Perez não dá. No final ela CAGA tudo!
Mas vamos a ela, Hilda. Há coisas tão lindas, tão poeticamente escritas e encenadas que me emocionou de verdade: três cenas especificamente que creio que mesmo quem aocmpanhou por alto no ano que pasosu na tv, deve saber (o video show reprisa de vez em quando): Quando Frei Malthus, ou "o santo", faz um rebú pra exorcisar Hilda; Quando Frei Malthus tira a batina e se disfarça para entrar no Maravilhoso Hotel e passa a noite com Hilda; e quando Hilda se declara através do confessionário!
Neste exato segundo eu acabo de perceber que tenho que comer muito feijão com arroz pra tocar esse blog pra frente. Não consigo descrever a maneira como fiquei emocionado nessas 3 cenas. Em especial na cena da confissão de Hilda. Ana Paula Arózio nunca me agradou muito, sempre vi nela coisas de um tipo de atuação que eu nao gosto, o óbvio. Não é o caso na Furacão, por exemplo a confissão, quando ela se ajoelha e diz "Santo eu amo você" na resposta dele que é: "não! eu sou um homem de Deus", a replica dela soou tão sincera que daí eu me debulhei em lágrimas vergonhosamente! "e eu sou uma mulher que tá sofrendo".
Paulo Autran! Deus abençoe o DVD por proporcionar o registro de uma atuação como a dele como Padre Nelson! eu sei to exagerando nos elogios... mas fiquei comovido com muitas coisas! Quantas vezes alguem me fez pensar honestamente na fé católica com carinho???
Passei doze horas no mesmo sofá, quase de maneira initerrupta, parei pra dormir acordei e voltei. Hilda Furacão é uma boa obra, na maior parte das vezes emociona, Em Zezé Polessa e a mãe do santo que acredita piamente na santidade do filho, quase que como uma penitência. Em Eva Todor que pouquíssimas vezes tem tido chance pra ser tão boa como é! Em Paulo Autran, um carinho! Em Matheus Nachtergaile e Rosi Campos. Até em Paloma Duarte, inocente como nunca!
Mas como disse antes Gloria Perez caga tudo! A meia hora final além de infinita tem coisas tão feias como o personagem de Carlos Vereza morrendo enrolado na bandeira do Brasil, um ex guerrilheiro espanhol chamado Lorca(!) que veio ajudar MG nos anos de ferro da política do Brasil! assim não dá!
Estou Ansioso pra ver Memorial de Maria Moura.
Batidas na porta da frente, é o tempo...
Postado por Pedro Canto às 6:16 PM
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6 Comments:
Oi Pedrinho! Passei apenas para te deixar um "oi" estou com saudades meu irmão... um grande abraço e feliz pascoa para todos!
saudades...
"eu não viu sempre por que era muito novo pra dar o devido valor"
Depois dessa me senti o próprio defunto. Paulo autran, só as cinzas [ele foi cremado, nénão?!]
Mas tenho que comentar sobre Hilda Também.
Hilda Furacão foi a primeira minissérie que assisti sem perder um capítulo, sempre com suspiros ao final de cada exibição na tevê.
Tudo conspira para o sucesso desta minisséire, deste a trilha de abertura com Nana Caymmi que irresistivelmente nos tranporta ao bordel de luxo do nosso imaginário.
Depois, a polêmica em saber se Hilda existiu ou não de verdade. Se a história é pura ficção ou baseada em fatos reais. Mas claro que isso não tira o fascínio pela minissérie.
Nunca vou esquecer a cena que para mim representa todo o conflito o casal protagonista. É quando o frei (Rodrigo Santoro) vai visitar a mãe no interior. Hilda (Ana Paula Arósio) vai atrás do rapaz ou aparece na cidade por acaso [não lembro]. só sei que os dois se encontram enquanto o frei está no alto de um morro, diante de uma cruz, clamando por fé e confuso por amar Hilda, sem saber o que é mais forte: sua vocação ou seu amor. Neste momento, Hilda chega e entrega seu corpo e seu coração. Ela confessa todo seu amor, tenta lhe mostrar não ser a personificação da tentação [ o que é difícil para ele compreender] e os dois transam diante da cruz.
Queria que tivesse no youtube para podermos visualizar e eu não precisar tentar descrever o quão bonito foi este momento teledramatúrgico.
Acho melhor comprares esse DVD, Pedrú! Assim, tu me empresta depois!
XD
Menino ta baratinho!
mas eles nao conversam não, a beleza desta cena esta justamente (bem juvenal) no fato deles não conversarem... uma vez que o relaiconamento deles sempre foi com MUITO diálogo, muita culpa, pouca entrega. alí é entrega pura, é carne!
vencendo a briga do espírito!
Ah, Alberto! Pois sinta-se um velho mesmo. Eu tb não assisti a Hilda, com frequência. Não porque eu não me encantasse com a primazia da atuação da Arósio ou do Santoro. Na verdade, eu tinha que acordar cedo pra ir pro colégio. xD
E olha, Pedrin, tu listando essas três obras da Glória, eu realmente começo a me encafifar c ela. Foram as coisas q eu nada consegui acompanhar...Por isso q eu gosto daqui, pq eu volto a perceber q nada sei de TV e q eu preciso me sociabilizar com esta.
A propósito, Maria Moura...nuussa! Passa, passa, que eu tow querendo!!! Eu era maaais nova, ainda, mas assisti a tudim. Tempos de glória da Glória Pires!!!
Cinetown!! Cinetown!! Cintetown!!
Beijooooooooooooooo
Ah Hilda é muito bom e olha é uma historia real sim. Li o Livro do Roberto Drummont. É claro que a minissérie tem mais personagem, histórias que não tem no livro que por sinal não termina com o encontro de Hilda e do Frei não. Se bem me lembro eles não voltam a se encontrar depois que ela marca de fugir com ele e foi preso. Vo procurar se ainda tem esse livro lá em casa e conto procês.
Beijocas
Ah Hilda é muito bom e olha é uma historia real sim. Li o Livro do Roberto Drummont. É claro que a minissérie tem mais personagem, histórias que não tem no livro que por sinal não termina com o encontro de Hilda e do Frei não. Se bem me lembro eles não voltam a se encontrar depois que ela marca de fugir com ele e foi preso. Vo procurar se ainda tem esse livro lá em casa e conto procês.
Beijocas
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