Párrinas de la bida

Eu confesso que ainda tenho muito afeto pela Regina Duarte, mas tá complicado aturar essa Helena sem noção. Não adianta comprar câmera especial pra rejuvenecer uma recém-saída da mesa do Pitanguy quando a atriz envelheceu pra gente. Não custava nada Manoel Carlos deixar o complexo de Peter Pan das Helenass e amadurecer a personagem. Regina tem talento sim, corpinho pra se sustentar como atriz esse tempo todo ela não tem então só pode ser talento, e tem também memoráveis papeis (querendo, EU dou a lista).




Acabei de ver uma cena ridícula onde a Helena adolescente dessa vez jantava com os dois homens da sua vida, o cafajeste e o bonzinho, e era simplesmente constrangedor ver o estilo requebrante-espasmódico da Regina Duarte nessa cena com texto péssimo. O pior é que os pares (Helena-Greg e Helena-outro-médico-que-nao-sei-o-nome) convencem entre si mas, não convencem no texto que desesperadamente tenta fazer deles solteirões de meia idade do Leblon. Deve ser complicado pra eles trabalhar dessa forma tendo no mesmo produto algo tão bem escrito sobre maturação de pessoas amargas como o caso da Marta (Lilia Cabral) e a duração da juventude em pessoas maduras como a Tônia Werneck de Sônia Braga.

Ainda tenho fé na novela, apesar de já ser o terceiro mês, é Manoel Carlos, ele só precisa voltar a fazer o que ele sempre fez de melhor: resolver uma coisa de cada vez e assim criar um protudo consistente e que se sustente a sua marca de representação do cotidiano. E pelo amor de deus deixem a Regina Duarte ser velha, ela consegue...

É só um nome

Vide-O-Verso foi só um nome que veio numas das três partes mais importantes do funcionamento do cerébro, os quinze minutos antes de dormir. E tem tanta coisa mais importante pra você se preocupar, como por exemplo a novela das oito que passa as nove e ninguem nem faz protesto...
Este Será um blog sobre televisão e minhas opinões a cerca de tudo que eu ver nela e não importa se você não viu o que eu vi, basta ler conhecer e ir atrás. Mas se eu quiser falar sobre cinema aqui eu falo, e inclusive vão haver piadas internas, referências que você pode nao enteder e/ou comentários roubados que, se eu publicar, automaticamente ja se tornam meus e ponto.

Auto-crítica

Gente, vamo assistir televisão gente! tem coisa boa passando que você nem sabe e melhor ainda que tem coisa boa por vir participante de um movimento de alteração do comportamento do telespectador americano que pode gerar discussões no mínimo interessantes pra gente aqui, e pra quem quiser pensar um pouco sobre o papel do telespectador relacionado a si mesmo quanto ao conteúdo.

Weeds é uma serie curta, de apenas 10 episidios na sua primeira temporada, mais um produto do canal Showtime, os responsáveis pela versão americana de Queer as Folk. Nessa serie uma viúva mãe de dois filhos, Nancy Botwin, residente de um suburbio, Agrestic, de alto nível social se vê tendo feito a escolha mais perigosa para prover a vida que seu marido garantia a seus filhos, ela começa a vender maconha para seus vizinhos. Só esse ponto de partida se torna bastante eficiente para atrair a atenção dos mais críiticos, e acredite, cada episodio vale muito mais que os 30 minutos de sua duração. Tendo um tom de humor sarcástico e perigoso por lidar com conceitos morais tão bem trabalhados e consistentes quanto os dos suburbios americanos, Weeds é protagonizada por quem melhor faria a expressão de surpresa diante do estarrecimento de uma sociedade podre tendo que lidar com a sua propria sujeira, Mary-Louise Parker SAP"que é mais uma daquelas que nós todos conhecemos e nunca sabemos o nome ou lembramos "de onde foi que eu vi essa égua" (ela é a moça do tomates verdes fritos que apanha do marido, não lembrou? ela fez The West Wing... não? Ela fez a mulher do Edward Norton em Dragão vermelho.. ah tá, agora lembra né...SAP. Nancy tem que lidar com seus clientes, que vão desde seu contador ao marido de sua única amiga, amiga essa que apenas se intitula asism por falta de opção, e com seus filhos e seu cunhado que juntos formam o trio da vida de homens dela que passam por libertinos blafemos, liberados sexuais juvenis, e um terrorista assim por vir, quem é o quê você descobre assistindo...

E tem também mais um fenomeno feito na internet, Studio 60 on the Sunset Strip. Essa série do mesmo criador de The West Wing, trata agora de outros bastidores que não a casa branca mas de um que possui igual visibilidade na america e importância na opinião pública igual senã o maior, um programa de comédia aos moldes do Saturday Night Live, pra quem não conhece o formato eu superficialmente descreveria como um Zorra Total com ocupações políticas. endo como pano de fundo e sse programa e os pers onagens que o compõem asism como o quadro do alto escalão da emissora, o ótimo elenco tem a oportunidade de lidar com papeis fortes e significantes em um texto rápido e completamente auto-crítico. Quando eu disse que era mais um fenoômeno de internet me refiro ao fato de que 2 meses antes da estréia do programa o primeiro episodio ja tinha vazado na net o que devido ao conteúdo da série, já se torna peculiar o suficiente, tendo em vista que essa tece severas críticas aos programas de televisão em referência ao seu conteúdo e subestimação do público "obrigado" a engolir o que está no ar. Vale a pena quem nao conferiu nenhum dos dois entrar em contato comigo e saber como conseguir os episodios, ou quem sabe acompanhar Weeds pelo MultiShow que poder e Studio 60 futuramente no Warner Channel, la por volta de dezembro.